Guiné > Região do Boé (?) >"Cemitério à beira do Rio Cheche"(sic)... Estranha (e perturbante) foto do Arquivo Amílcar Cabral, sem legenda nem uma data precisas/(1963-1973)... Estas cruzes só podem ser de militares portugueses... Será de alguns dos nossos camaradas que perderam a vida em 6/2/1969, mais a montante, em Cheche (vd, mapa de Jabia) ?
1. Os corpos poderão ter sido resgatados mais a jusante, na foz do tal Rio Ché Ché Piri (vd. mapa de Padada) ? Terão sido resgatados pelos nossos fuzileiros ?
De qualquer modo, esta foto deve ter sido tirada por alguém do PAIGC e enviada para Conacri. É a única referência (mesmo indireta) que encontrei, no Arquivo Amílcar Cabral, a esta brutal tragédia que nos enlutou.
A imagem consta da pasta 05360.000.124 do Arquivo Amílcar Cabral. Não resistimos à tentação de a publicar, com a devida vénia... precisamente hoje, 47 anos depois do desastre do Cheche, em que tivemos 47 baixas mortais (46 militares e 1 civil).
Esta foto, para mim, não é só surreal como ofensiva. A zona de Burmeleu, a jusante do Cheche, não tem as margens como a imagem sugere.
De qualquer modo, esta foto deve ter sido tirada por alguém do PAIGC e enviada para Conacri. É a única referência (mesmo indireta) que encontrei, no Arquivo Amílcar Cabral, a esta brutal tragédia que nos enlutou.
A imagem consta da pasta 05360.000.124 do Arquivo Amílcar Cabral. Não resistimos à tentação de a publicar, com a devida vénia... precisamente hoje, 47 anos depois do desastre do Cheche, em que tivemos 47 baixas mortais (46 militares e 1 civil).
O Rio Ché Ché Piri, afluente, vai desaguar na margem direita do rio Corubal (vd. mapa de Padada). Mas há um topónimo Ché Ché ou Cheche, que fica na margem esquerda do Rio Corubal, mais a nordeste, do Rio Ché Ché Piri. Era passagem obrigatória para quem vinha de Nova Lamego até Madina do Boé, passando por Canjadude, sede da CCAÇ 5 (Os Gatos Pretos). O nosso camarada José Martins pode esclarecer-nos melhor sobre onde terá sido tirada a foto.
2. Comentário do José Martins:
Vou fazer um comentário "soft".
2. Comentário do José Martins:
Vou fazer um comentário "soft".
Esta foto, para mim, não é só surreal como ofensiva. A zona de Burmeleu, a jusante do Cheche, não tem as margens como a imagem sugere.
A tragédia ocorreu no rio Corubal e não no Rio Ché Ché Piri. Acho muito estranho que os militares do PAIGC, mesmo depois da independência, fossem retirar cruzes das campas dos militares portugueses, para as colocar ali.
Alguns corpos foram recolhidos por guineenses, mas não prestariam esta homenagem, até porque, ocuparam o espaço de cemitérios com novas moranças, como se viu em reportagens televisivas, na zona de Bafatá.
Perdoai-lhes, Deus, porque Jesus e Alá são um e único Senhor.
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Nota do editor: