Foto (e legenda): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Soneto do amor
(o primeiro soneto que dedico à minha Chita)
O amor é como o bacalhau,
P’ra cada dia tem uma receita,
Ora se rapa com colher de pau,
Ora se estraga e nada se aproveita.
Se queres ser um (e)terno enamorado,
Amor é arte, mais do que ciência,
Primeiro, nunca o sirvas requentado,
E, depois, tem do santo a paciência.
Quem o diz, é a minha dama e mestra,
Que faz hoje setenta e dois aninhos:
Que pena eu não ter aqui uma orquestra,
Com coro, para os parabéns lhe dar,
E, entr’as velas e os búzios dos moinhos,
Lhe jurar que a continuarei… a amar!
Lourinhã, Tabanca de Porto Dinheiro, Restaurante "O Viveiro", 18 de agosto de 2017
_______________
Nota do editor: