Foto nº 1
Foto nº 2
Foto nº 3
Foto nº 4
Foto nº 5
Foto nº 6
Foto nº 7
Fotos (e keggenda): © José Teixeira (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]
1. Mensagem do José Teixeira, um dos régulos da Tabanca de Matosinhos, ex-1.º Cabo Aux Enf, CCAÇ 2381 (Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70):
Data: 2 de dezembro de 2015 às 17:23
Assunto: voltar à Guiné.
Voltar à Guiné e por terra, porque não? (*)
Regressei da Guiné em maio de 1970. Recordo-me vagamente que quando entrei no Niassa de má memória, me voltei para terra e disse para mim:
Regressei da Guiné em maio de 1970. Recordo-me vagamente que quando entrei no Niassa de má memória, me voltei para terra e disse para mim:
- Adeus, Guiné, até nunca mais.
De facto, até cerca de 1990. nem queria ouvir falar da Guiné. Diz o meu filho que me apanhou várias vezes a chorar quando via filmes “tipo vietname”. Para eles, parece que ia contando algumas histórias do que vivi na Guiné, mas francamente, não me lembro. Evitei contatos com camaradas e, se alguma vez os encontrei, era proibido falar da guerra.
Depois, a saudade começou a mexer comigo. Procurei formas de localizar os camaradas da Companhia e organizei o primeiro convívio, que se tem repetido todos os anos.
A partir de 2000 comecei a sonhar num regresso à Guiné, para matar saudades. Em fins de 2004 topei com o Xico Allen [, foto nº 5,]e toca a abalar, por terra. que aventura mais linda!
Em 2008 repeti. Os amigos que tinha lá deixado aproximaram-se. Outras amizades foram nascendo e crescendo. A descoberta das realidades locais e a forma como era recebido criaram em mim raízes tão profundas que hoje me sinto um filho da Guiné, sem deixar de ser português.
Em 10 anos, visitei os meus amigos guineenses cinco vezes. O diálogo via mail e facebook é permanente e a pergunta é sempre esta:
- Quando voltas?
Arranjei tios, primos, irmãos e sobrinhos, como fosse um natural da Guiné. Não me pedem nada, a não ser amizade.
Como um fotografia vale mais que mil palavras, junto algumas [, que irão ser publicadas em dois postes distintos] (**)
Zé Teixeira
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 3 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15438: Inquérito 'on line' (21): num total de 109 respondentes, 59% diz que gostaria de poder ir até à Guiné-Bissau, por terra, atravessando o deserto do Sara... 36% diz que não gostaria... Os restantes 5% não sabe ou não tem opinião...
(**) Último poste da série > 7 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15456: (In)citações (80): Quem se lembra deste fado, cantado pelos páras do BCP 12, em Cacine, em junho de 1973, na altura da batalha de Gadamael, com música dos "Amores de Estudante" ?... "Quero, quero ir para Lisboa, / Ai, ai, eu quero, / Nem que seja de canoa, /Eu quero ir / P'ra terra santa querida, / Dizer adeus a esta merda / P'ro resto da minha vida." (recolha de Abílio Magro)
(*) Vd. poste de 3 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15438: Inquérito 'on line' (21): num total de 109 respondentes, 59% diz que gostaria de poder ir até à Guiné-Bissau, por terra, atravessando o deserto do Sara... 36% diz que não gostaria... Os restantes 5% não sabe ou não tem opinião...
(**) Último poste da série > 7 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15456: (In)citações (80): Quem se lembra deste fado, cantado pelos páras do BCP 12, em Cacine, em junho de 1973, na altura da batalha de Gadamael, com música dos "Amores de Estudante" ?... "Quero, quero ir para Lisboa, / Ai, ai, eu quero, / Nem que seja de canoa, /Eu quero ir / P'ra terra santa querida, / Dizer adeus a esta merda / P'ro resto da minha vida." (recolha de Abílio Magro)